quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A um passo do pigmaleão


Na rádio salão só se fala nisso. Estamos a um passo do pigmaleaõ. Depois de acidentes químicos com as técnicas de alisamento, evolução do vício diário da chapinha, onduladas e crespas não querem mais correr riscos. Em vez de desconstruir os fios, as moças agora adotam as camadas irregulares pra disfarçar o ondulado e a juba ressecada. Mas peraí, isso é quase um pigmaleão! É, tá valendo, o corte anos 80 faz festa nas ruas. Isso me faz lembrar minha formatura do segundo grau. Fui ao salão fazer uma transformação, queria parecer uma princesa, mas encontrei uma bicha de mau humor pilotando a tesoura. Não consigo crer que aquilo fora inspiração. Com o argumento de mostrar o que eu tinha de mais belo, meu rosto, a canalha me tascou um pigmaleão com um considerável delay, já estava na releitura sertaneja. De princesa a sapa, lá fui eu, cheia de grampos que tentavam sustentar um coque milagroso que me livrasse do estilo imposto pela vilã. Driblei o infeliz style com trucagens baratas, piranhas, grampinhos, até meados do primeiro semestre na faculdade. Por pouco eu não caso. Dessa vez ninguém me pega.