terça-feira, 18 de maio de 2010

Um dia feliz e nada raro


O gotejar dos céus na janela do meu quarto me despertam lentamente, prolonga mais um pouco a confortável permanência debaixo do edredon neste dia cinza, prateado de tamanha alegria. Pelo simples fato de que a vida é entusiasmo, é motivo de celebração a cada minuto. Minha mestre yoguini nos conduz à meditação, observamo-nos internamente e valorizamos algo tão acessível e compensador: o ar. Os pingos da chuva guiam meus pensamentos. Eles caem devagar, se esparramam no chão, seguindo em veios, fluindo como as águas de um rio. Ao meu lado, minha pequena Buda adormecida nem percebe que partimos do relaxamento para a meditação. Sempre é tão grande o seu empenho nas posturas, que ela completa a sonequinha matinal. Já estamos acostumados à cena: como uma flor de lótus, a menina repousa ali, no colchão, serena, linda, pequenina e inocente como um passarinho. Grata pelo amanhecer deste dia, pelos instantes que se seguem, dedico minha prática de hoje à Marina (fiel escudeira, outra flor) presente da vida para mim, a taurininha da Preta (parabéns pela filha maravilhosa que você criou).
Tua existência comemoramos com alegria nesta data querida, Marina. Que seja rica e longa a tua jornada! Ao meu anjo também sou grata pelas asas com as quais alcanço o sol a cada amanhecer, saudando o astro rei, ali escondido atrás das nuvens a iluminar esse dia chuvoso. Namastê!