terça-feira, 23 de março de 2010

Obrigada, obrigada, obrigada


Cinco da matina meu celular desperta esse corpo cansado da labuta até tarde (visitem o I Salão catarinense do Turismo lá no Centrosul até sábado, é muito bacana) e qual minha surpresa? Compromisso profissional adiado, nem penso em voltar para a cama. Afinal, é aniversário de Floripa, essa querida companheira, berço aconchegante que acolheu a carioquinha aos quase seis anos. Me embalou tão carinhosamente e me fez ser grata pelo resto da vida aqui na Terra. Floripa, linda, misteriosa, solar, paciente, me abraça que eu te abraço também. É cedo, a baía Sul está calma, parece exclusiva daqui de cima. Sou grata a você, natureza. Me espera, vou aí te ver mais de perto, te admirar, deixar teu manso mar me inundar, teu verde me pintar, teu som me embalar.
E lá estava eu, caminhando sobre o trapiche até o meio do mar, meu tapete imaginário para sobrevoar a imensidão. Pouco a pouco minha mente começa a se esvaziar. O nada depois do tudo que vejo, somente sentimentos bons e puros, o simples contemplar do movimento da vida é um presente de Deus, do Universo. Obrigada, obrigada, obrigada. Sem as lentes dos meus óculos tudo fica ainda melhor, as águas parecem escoar para dentro de mim, meus olhos não possuem filtros e recebo toda aquela energia de vida que vem do oceano, do céu. Obrigada. Quero um pouco mais, minha respiração é calma, relaxante, um sono desperto toma conta de mim, não sei se isso é o que posso chamar de Nirvana (lá, onde o vento do carma não sopra) só sei que me faz bem e o desejo a cada dia mais e mais. Aspirações gerais do bem viver (ensina Hermann Hesse) não se dirigem mais ao Buda ou Lao Tse do que à Ioga. O ser humano pode cultivar o que bem entender, ser o senhor de sua alma.
Peixes, pássaros, pessoas (já cantam os The Darma Lóvers) são únicos nessa harmoniosa paisagem, eu os amo, eles me amam também. Isso é o que me supre. Obrigada, seja plena e para sempre viva esta Ilha.