sábado, 7 de agosto de 2010

O Alfa cor-de-rosa

Eu já conhecia o conceito do macho Alfa (no mundo animal irracional). Mas aplicado às mulheres, confesso que não. É que a gente se acostuma com coisas que são inevitáveis (e essenciais) para a vida no mundo de igualdades que escolhemos pra nós mesmas, que acabamos achando bem normal sermos como somos. Ih, compliquei? Assim, ó: trabalhar, estudar, as duas coisas ao mesmo tempo agora, os filhos, marido, ex-marido, enteados do marido atual na nossa vida de mãe, filha, mulher, modelo, atriz (nem que seja só no espelho do banheiro ou na hora de driblar dificuldades rotineiras) fera radical, que nem percebemos que estamos sendo as tais Mulhes Alfa (ufa!).Mas não é só isso, escuta só.
Outro dia enquanto equilibrava a bandeja no meio de restaurante lotado atrás de um canto para comer e partir para o segundo turno, ouço uma vozinha: -Chriiiiiiiiiiiis, aquiiiiiiii. Fui lá. Era uma conhecida que trazia a boa nova. Apressada para seu próximo compromisso também foi bem objetiva: - Preciso de um projeto de divulgação para um negócio inédito que vou montar em Floripa. Programada para não rejeitar trabalhos nos próximos seis meses, dediquei os primeiros minutos do almoço a ouvir e deixar pré-agendada a reunião.
Um espaço para mulheres, com serviços dedicados à beleza, equilíbrio emocional, sensualidade (opa! eu vi uns outdoors chamando para um curso de srteap para as mulheres que querem aprimorar a performance do relacionamento e ri muito no carro, parecendo uma doida, mas não era bem isso que ela queria me falar). Minha potencial contratante quer que eu estude profundamente o comportamento das mulheres Alfa para vender (driblando os preconceitos) para a mídia e o seu target os serviços que ela vai oferecer neste espaço dentro de alguns meses. Adoro comportamento humano, já mergulhei no assunto e descobri que meu alvo são as que ainda não perceberam que, além de ralarem com dignidade em nome da sobrevivência e da satisfação pessoal, merecem ser femininas, mimadas (nem que seja por elas mesmas) e até estudarem formas (com coreografias ou mesmo figurinos especiais, para ocasiões especiais) para tornar os momentos de prazer e lazer mais proveitosos. Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás, né fofoletes?
Quem lembra daquela personagem da Flávia Alessandra na novela que se envolve com o lider comunitário gritão Juvenal Antena (Antonio Fagundes) saberá que, uma das vedetes dos serviços ofertados às mulheres Alfa neste empreendimento que aportará na Isla, o Pole Dance (uau!) é, antes de tudo, uma atividade física bem exigente. Se seu parceiro achar esquisito ou considerar vulgar (bobão) esta prática, pelo menos vai admirar a firmeza que suas pernas, bumbum e barriguinha deverão adquirir. Isso é o que garante a instrutora da modalidade no espaço a ser lançado. Ela também promete terapias para o relaxamento físico e mental, equilíbrio emocional, beleza e uma lojinha com grifes de under wear bem bacaninhas, uma boutique de lingerie. Fiquei de lançar a idéia no ar (aqui no blog e outros meios formadores de opinião, por enquanto) e ver no que dá. E aí, meninas, que tal?