domingo, 29 de novembro de 2009

Cinema para viajar

Forianópolis receberá o Festival Internacional de Cinema de Turismo, em maio de 2010. É a primeira vez que a mostra acontece no Brasil, Santa Catarina acaba de captar. Filmes institucionais e comerciais dividirão a programação na capital. Aventura, esportes, cultura e gastronomia, em documentários, peças promocionais, longa e curta-metragem.
Os filmes comerciais sobre vinhos, como Sidways - Entre umas e outras (Alexander Payne/2004/EUA) podem estar na mostra. Dois caras, o escritor fracassado Miles e inconformado com o divórcio e Jack, um ator boa-vida prestes a casar, viajam para uma inusitada despedida de solteiro pela região produtora de vinho na Califórnia. Entre uma degustação e outra divertem-se com a vida e suas situações. Bom como uma taça de Merlot.
Essa é exclusiva do Bom bocado, falei com um dos organizadores na sexta.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

On the road

Rock to Sleep, a trilha perfeita para a vista do mar grosso nas curvas de sempre, a caminho de casa.  Just be thankful for what you got! Entendi, thank you, William DeVaughn. Aumento o volume na hora em que o caminhão ultrapassa e encaixa sua interminável carroceria em nossa frente, me fazendo pisar levemente tensa no freio e respirar aliviada. "Deus é pai. Graças a Deus" era  que trazia grafado em letras brancas sobre a lona preta, que seguimos até o próximo desvio da BR desordenada pelo progresso. Um túnel sai do meio do morro verde, que pena, que bom. O cenário se trasforma e sentimos saudade, vontade de desacelerar o que tem pressa. O verde se transforma em branco, rosa desbotado de rocha detonada. 
Calor insano en la Isla, asfalto derretendo. Pantera libera uma fúria a que todo zen tem direito, nem que seja de vidro fechado, no ar condicionado. What did you say? Are you talking to me?
Y hoy, que horas son, mi corazón?

Nonocha

- Na semana que vem temos um evento aqui também,vai ser bem legal.
 - Que bom, se der...eu venho.
 - Pode vir assim mesmo como você está, o pessoal é bem simples.

Tentei, mas foi inevitável, meus ouvidos têm atração para essas coisas e também juro que lutei para não comentar, mas não consegui. Pronto, falei.
Nonocha = No notion

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A lagarta travessa

E já que falei de verão, navios e férias, é bom ficar atento aos bichos da temporada. Ontem tive de recorrer ao Centro de Informações Toxicológicas - CIT - para socorrer minha filha de um "ataque" de lagarta. Escutei seu grito e saltei da cadeira do escritório para ver o que tinha acontecido. A lagarta, miúda, pretinha com marrom, com a carinha vermelha, estava grudada na perninha dela. Tirei com uma revista e matei a bichinha, contrariando todo o ensinamento budista. Normal, uma mãe é capaz de encarar um leão por sua cria, esquece qualquer filosofia, crença e não mede consequências.
Na perna da menina aos berros, um risco que parecia uma unhada, fundo. Por sorte sempre tenho pomada para picadas, dessas antialégicas (usei Berlison) para tratar as picadas de mosquito ou outros insetos. Só depois fui consultar o serviço do HU para saber se deveria adotar outros procedimentos. O atendente me pediu que idenficasse o tipo de lagarta. Descrevi mas, como não sou bióloga e lagarta pra mim só tem outro nome, "bicha cabeluda", porque aprendi com meus amigos da escola ao chegar do Rio aqui na Ilha, com uns seis anos, ele me pediu pra entrar no site http://www.cit.sc.gov.br/ e ver as fotos disponíveis das espécies mais comuns. A mais parecida com a que assassinei a sangue frio é a da família Arctiidae, só que a da foto não tinha a carinha vermelha. Meus primeiros socorros, disse o atendente, foram perfeitos e essa não é a lagarta mais ameaçadora. Perigosa é a Lonomia Obliqua, a que parece ter reflexos platinados no cabelo. Ardeu mais um pouquinho e passou. Pena que tivemos de mandar embora nossas mudas de Malva Cheirosa que a vovó nos deu. Foi de lá que ela saiu, a taturana travessa. Duas companheiras dela, de igual tamanho e aparência rumavam para debaixo do sofá da sala quando as flagrei. Hortas, jardins, calor favorecem o aparecimento dessas "larvas de um grupo de insetos conhecidos como Lepidópoteros" pesquisei. Agora, ao explorar a horta da vovó seremos mais cautelosas.
  

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Para não morrer na praia

O turismo náutico entrou na pauta como segmento de grande pontencial no Brasil mas, como toda febre, já rende polêmica. De um lado os donos de resorts e hotéis que acusam os transatlânticos de roubarem a sua clientela amparados por  "facilidades". Argumentam que não podem competir com os pacotes generosos, as condições de pagamento que atraem a terceira idade, a garotada querendo curtição em alto mar, a milhas dos pais, casais classe média com filhos, gays e outros grupos consumidores de viagens. No Brasil não há nenhuma regulamentação para a atividade, sua exploração acontece meio nos moldes do que os destinos em desenvolvimento "importam" das feiras internacionais. O problema de embarcar na tal tendência mundial sem antever uma série de impactos, como este que o setor hoteleiro argumenta (querem uma taxação menor que os tornará competitvos) ou mesmo como a ausência de infra-estrutura para que esses navios atraquem e as pessoas tenham uma programação que lhes ofereça lazer e turismo de fato, que essa atividade movimente a economia local, é que o negócio corre o risco de morrer na praia. Ouvi relatos que colocam em xeque a qualidade do produto, o que demonstra a falta de planejamento ou de foco. Um casal de uns 50 anos que ouvi não pretende mais investir nesse tipo de passeio. Os dois acharam tudo muito "fubá", desde a trilha sonora das festas (pagode e sertanejo metido a pop) comida, atrações, quase nada de opção. Pode ter sido uma escolha infeliz de cruzeiro (foram de Itajaí para Santos, depois rumo a Punta del Este). Imagino esse casal respondendo por elegância ao agente de turismo nas próximas férias: "Obrigada, nós enjoamos em alto mar. " Os filhos adolescentes adoraram as "baladas" ao som de Victor e Leo (excesso e ausência de hormônios justificam certos desprendimentos).
 As opções dentro de segmentos como o ecoturismo, turismo de aventura, religioso, náutico, compras, cultural, hidrotermal que se estruturam dentro de um destino diverso como o Brasil devem mesmo ser ofertadas por área interesse e devemos é decidir que visitante queremos atrair.
O último debate sobre "turismo e tendências" que acompanhei falava do viajante independente, o que  planeja seu roteiro, compra tudo pela internet. Certa vez recebi uma jornalista alemã de uma revista especializada em ciclismo que disse: "O turista adepto do cicloturismo (muito difundido na Europa) só quer desembarcar no aeroporto, montar sua bicicleta e  receber o mapa da rota que vai seguir."
 Sua preocupação, obviamente, é com a segurança das ciclovias. O futuro do turismo no Brasil promete, mas ainda temos muito o que remar e pedalar para receber com qualidade.

sábado, 21 de novembro de 2009

Kirikou lê-lê-lê-lê


Os olhos cansam de leis e decretos e escapam para outras letras, que contam boas histórias. Gostei da reportagem de Fifo Lima (parabéns, Fi!) na edição 69/09 de Ô Catarina! sobre o pai de Kirikou, o mini-menino africano que salva sua tribo da feiticeira malvada (porque as boas existem, ok?). O perfil do cineasta Michel Ocelot, que esteve aqui em Floripa, em julho último, na Mostra de Cinema Infantil (foi na edição anterior que eu e minha filha conhecemos o africaninho comparado pelo autor a Voltaire e aprendemos sua música e dança parecida com o kuduro angolano) fala da obra do francês que conquistou não só o título de "Amigo do cinema infantil" como o mercado de cinema de animação com a determinação de um herói. Cinema sem grana não é queixa e sim combustível para o novo queridinho dos produtores de animação, como relata a matéria. A origem das excelentes produções de Ocelot é de parte de sua infância em contato com  as lendas africanas (ele morou na Guiné Francesa dos seis aos 11 anos) e da imaginação despejada em seus roteiros, a qual define como "antropofagia de narrativas." Então, corre atrás da sua edição  impressa de ""Ô Cata!" (para os íntimos) e leia essa e outras matérias na íntegra. No site da Fundação Catarinense de Cultura http://www.fcc.sc.gov.br/ também tem um PDF com a edição completa.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Como ser legal

O vento súbito arranca telhas, sacode as árvores violentamente, arrasta fios de telefonia, desmorona alicerces de uma construção perto do meu trabalho. Apagão geral, produzi uma nota apenas e descobri que a vida parece nula fora do mundo virtual. Quem diria, não estamos nem aí pra natureza e não vivemos sem a internet, esse universo paralelo, nada palpável, sem cheiro, gosto, forma. Mas, sem muito querer filosofar, já o fazendo, dei uma geral agora pelos blogs, noticiários online e vi que a fúria de titãs saiu devastando, matou gente pacas aqui no Sul. Em novembro do ano passado, sobretudo em Santa Catarina,  de Norte a Sul, o final do ano de 2008 foi triste pra muita gente. Não tem dinheiro do governo ou solidariedade do próximo que repare os estragos feitos nas vidas dessas pessoas depois de tragédias. Mas nada é por acaso. A solidariedade nos acalenta porque é assim que reforçamos nossa fé na essência humana, que tomamos sacodes necessários.
É hora de pensar no que fazemos, em quem somos neste epetáculo dirigido por Deus. O que nele nos encanta, faz rir e chorar, sofrer e celebrar. Que nessa vida não temos tempo pra nada, mas encontramos tempo demais para pequenices. É hora de ser gigante, como a natureza. Li uns comentários de leitores no noticiário catarinense e, pelo que percebi, quando o medo bate, todos ficamos sensatos. Um leitor reconhecia que "os ecochatos estão com a razão". Outro dava explicações apocalípticas e citava a inversão térmica, causada pelo aquecimento global e outros fenômenos propalados pelos cientistas. Tinha maluco vibrando com as big waves que podem pintar no litoral, fazendo o estilo camicase do tow in. Aqui da minha janela vendo o tempo passar e o vento soprar ameaçador, sei que preciso fazer mais pelo planeta. A começar por reciclar meu lixo, tornar isso um hábito mesmo, não só separar latas e garrafas dos encontros em casa com amigos.
Engraçado, hoje pela manhã vi minha sacola retornável atrás da porta da área de serviço e tomei a atitude que vivo prometendo aos empacotadores do supermercado, como que me justificando pelo descaso. Levei pro carro e pretendo usar na próxima vez que o consumo me colocar de cara com minha consciência. Até no shopping! Já pensou que engraçado? Me imaginei garimpando araras dos magazines e carregando tudo na minha sacola de pano. E no sacolão também. Mesmo quem tem o carrinho de feira leva as frutas, verduras e legumes naquelas sacolas plásticas verdes ou saquinhos transparentes. Não custa, é mesmo questão de praticar e de mudar de atitude. Agradeço por ter minha pequena Buda me dando lições que traz da escola sobre o amor à natureza. Me ensinando, no dia-a-dia, como ser legal.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Todos querem sorrir

Turismo é o Negócio da Felicidade, defende o livro (editora SENAC SP) do especialista em marketing turístico, Josep Chias (cosultor do Plano Catarina/SANTUR) com uma centena de planos de promoção de destinos assinados pelo mundo, inclusive o da Espanha, sua terra natal, e o Aquarela, da Embratur. Chias prevê um futuro para todos aqueles que desenvolvem o turismo com a adesão da comunidade, dos micro e pequenos empresários do ramo, esmagadora maioria, e do poder público também. Os turismólogos defendem os "diálogos entre a atividade econômica e a sociedade no entorno". São debates com a sociedade para que o turismo no cotidiano das pessoas que moram nas rotas dos vajantes não seja um problema social, quando deveria ser solução. Nesta quarta (18/11) o Cine Favela mostra o  documentário "Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado”, de Joel Zito Araújo sobre turismo sexual, pedofilia e racismo. O tema entra em debate logo após a eixibição do doc (19:30) no  Centro de Filosofias e Ciências Humanas – CFH - da UFSC. Na quinta (19/11) será na penitenciária feminina de Forianópolis (15:00) e no Curso de Cinema da Unisul, em Palhoça (19:30).
No Brasil e no exterior mulheres “buscam uma vida melhor” ou a "segurança" com um "marido europeu." Zito trabalha sobre a realidade de 900 mil pessoas traficadas pelas fronteiras internacionais a cada ano, exclusivamente para fins de exploração sexual. Apesar de todos os perigos, "jovens mulheres brasileiras, de maioria negra, ao entrar no mundo do turismo sexual acredita que vai mudar de vida e sonha com o príncipe encantado." O filme passa pelo Brasil e Europa " buscando entender os imaginários sexuais, raciais e de poder das jovens cinderelas do sul e dos lobos do Norte." Joel Zito, autor e diretor dos filmes A Negação do Brasil (vencedor do É Tudo Verdade 2001) e Filhas do Vento (premiado oito vezes no Festival de Gramado) faz documentários desde 1988, é autor dos livros A Negação do Brasil - o negro na telenovela brasileira e O Negro na TV Pública (no prelo), autor de vários artigos sobre a mídia e o tema racial no Brasil e doutor em Ciências da Comunicação pela ECA / USP.
Com infos do Cine Favela

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O que adoça a vida

Nunca tive boa mão pra doces, embora, modéstia à parte, revire as panelas e tire delas preciosidades inventadas e copiadas das cozinhas do mundo ou de algum canto do Brasil. Mas ontem minha filha me pediu um bolo de chocolate, bem simples. Não queria nada pronto do supermercado (concordo, também não gosto) tampouco as misturas de caixa para facilitar a vida da mãe moderna (se eu não fosse multifuncional, seria contra também). Mas topei o desafio e fomos atrás dos ingredientes. Pulamos cedo da cama e pegamos o livro de receitas da Sinhá Saúde (minha personagem mestre cuca) e mãos, ou melhor, batedeira na massa. O chocolate do frade deixa a massa mais saborosa, preta tipo brownie. Fizemos cobertura de brigadeiro com morangos frescos. Ai, que delícia, fofinho e bonito feito bolo de confeitaria. E ela me deu uma idéia: - Mamãe, por que não montamos um loja de doces?
 - Sei, como no filme Chocolate! Lembrei. Tive de fazer uma sinopse básica da comédia de Lasse Hallström pra minha garota sabe-tudo e prometer para a próxima locação na videoteca.
Antes Juliette Binoche a Sandra Dee, aquela que ficou lá no meu diário da Hello Kitty. A foto é de Othon Neves, disponível no perfil dele no Facebook.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cinco estrelas

Milk é um filme espetacular e Sean Penn o gay ativista que eu imaginei que ele encarnaria. O cara é fera mesmo e incrível também é a semelhança física de Sean com o verdadeiro Harvey Milk (as fotos aparecem no final do filme) que fez história nos EUA em 1978 pela defesa da igualdade, tomando como bandeira os direitos dos homossexuais.

domingo, 15 de novembro de 2009

E Cuba também



Sobre as viagens que ainda vou fazer, Cuba é outro destino que me atrai pela hitória política e social. O Malecón (acima) é o cenário da autobiografia de Pedro Juan Gutiérrez (Trilogia Suja de Havana) e tem as cordilheiras, o mar azul.
Haja dinheiro e ócio.    

Transmutar é...

Já pensou em percorrer uma estrada sem saber onde vai dar, nem quanto tempo o trajeto vai levar? O mais impressionante do caminho para a transformação é observar a paisagem, não se prender ao caminho e ao tempo. Isso eu li, mas não entendi como na era de devastadora ansiedade, instantaneidade, de prazeres imediatistas e fugazes, ser tão paciente. A resposta está no envelhecimento ou no alcance da temida maturidade.

Os velhos sabem esperar, são capazes de acreditar no melhor como ninguém. Hoje uma senhora que todos os dias frequenta o terraço onde fica o varal coletivo do meu prédio sorria satisfeita.

- Bom dia! Eu disse.

- Oi, bom dia! Você vê, Cristina (sempre erra meu nome) ele já está até me ajudando novamente. Referia-se ao marido. Ela comemorava a volta dele para casa, depois de uma internação repentina, há uns dois meses. Conquistei a simpatia escondida dentro daquela aparência sisuda, depois de um ano vivendo aqui no condomínio, nesse prédio descrito pelos moradores como “o mais rabugento dos quatro blocos”.
- Então, que bom ver o senhor novamente aí! Devolvi o gesto de atenção em me dar a boa-nova.
Quando ela desabafou sobre o que se passava em sua vida, senti pena: - Vou daqui pro hospital, meu marido tá muito doente, o médico disse que fez tudo, agora só depende dele (não gosto dessa frase feita dos médicos).  Naquele dia, debruçada no muro do terraço, ela demonstrou preocupação, mas não medo. Embora saiba que medo é natural e necessário, o que eu percebi foi o equilíbrio diante da situação. Poderia ser apenas resignação, talvez. Até que, hoje, nessa linda manhã ensolarada de domingo, enquanto esfrego as meias e camisetas do uniforme da Bela no tanque vejo os dois  no terraço, estendendo lençóis e toalhas, conversando. Fiquei curiosa por saber o que mudou na vida deles, cada um com uns 70 anos de idade.

Para mim, eles foram parte da paisagem que observo ao longo do meu trajeto para o amadurecimento. Ainda ontem dizia ao amigo Rubinho que faz tempo ando com a idéia de colocar uma mochila nas costas e conhecer um caminho místico. Poderia ser o de Machu Picchu, ofertado em pacotes de viagens que podemos pagar a perder de vista e do qual tenho um encantado relato da minha amiga Gigi. Ela foi antes de completar 40 anos e trouxe pra Bela a boneca que chamamos de “Juanita”, parecida com essa mãe peruana aí da foto.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eruditas.com.br também!

Aplausos, muitos aplausos para o maravilhoso espetáculo O Barbeiro de Sevilha. Fomos ao Teatro Pedro Ivo, eu e Bela, prontas para nossa primeira ópera. Adorei tudo, embora a longa duração tenha quase nos nocauteado de fome. Da próxima vez, jantamos antes. Mas o governador pode pedir para  instalarem uma bomboniére ali no saguão, que vai ficar uma graça.
Eu e Bela vamos do pop ao erudito com muita desenvoltura, isso é nítido. Espetáculo de ballet, concerto, show de mágica, a gente quer é se emocionar. Contei pro nosso amigo Leo, que trabalha na produção do Barbeiro e nos ofereceu os convites para a noite de quarta (11/11) que uma vez fomos as duas em um concerto da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul, regida pelo brilhante maestro Daniel Botholossi, no TAC. Ao ouvir o primeiro clássico,  Bela não se conteve. Saiu rodopiando com as mãos na barra do vestido pelos corredores de acesso às cadeiras da platéia. Ainda bem que o maestro achou simpático, aí o público não torceu o nariz pra gente.

Vivendo e aprendendo

Perdi a palestra da escola da minha filha anteontem sobre como lidar com assuntos tipo sexo e relacionamentos na educação dos pequenos. Mais ou menos pra dar dicas de como explicarmos aos filhos que não dá pra dormir no meio do pai e da mãe e tal sem sentir que estamos deixando de dar um denguinho. Isso cresce, vira um um bicho maior do achamos que pode ser.
Um dia, eu tinha uns oito anos, minha mãe chamou, a mim e meu irmão, para resolver esse problema.  Fomos até a mesa da cozinha e ela começou a lição: "Papai e mamãe são namorados, entendem? Então, eles precisam namorar e isso acontece aqui no nosso quarto" e por aí foi. Tudo isso para botar fim na instalação de colchões no chão da suíte, um de cada lado, cercando a cama deles, todas as noites. Ai, que saco, coitados! Chegamos ao cúmulo de dormirmos todos na cama de casal, depois eu e meu irmão na cama dos nossos pais e, cada um deles, nas camas de solteiro da gente, que uó. Limite é bom e saudável na vida das crianças ou os prejuízos podem ser enormes para todos os envolvidos.
Esse vídeo do Dia das Mães é bem engraçado, a Bela riu um montão aqui comigo. Mas é claro que ela já sabe que não é assim que os bebês são feitos. Contei com a sabedoria que natureza me dá todos os dias sobre a maternidade. Cristina, minha amiga-anja, as outras amigas que comigo experimentam essa maravilha da vida, as mães que encontro nas festinhas de aniversário dos amigos da minha filha na escola, as que trabalham comigo, aquelas com quem converso na fila do caixa do supermercado, em recepção de consultório pediátrico e, claro,  as vovós da Bela me fazem ver que, toda vez que erro tentando acertar, estou evoluindo.

Lado A

Eles (The Cranberries) tocam em 2010 no Brasil. Me falaram, depois li no Uol. Acho tão bonitinho e escolhi essa (Linger) que toca no rádio e me faz lembrar coisas que curti nos anos 80, como a Suzanne Vega (Luka). Esses dias um DVD que rolava na festa de 13 anos do meu afilhado ( tô ficando seminova) com vários hits, coreografias, figurinos e, claro, pigmaleões da década que me iniciou de fato no mundo pop quase me levou ao êxtase. Digo que essa época me iniciou porque me botou na pista e os vídeo clipes me viciaram.  Pop desde as fraldas, muitos de nós somos. De mim posso falar, porque os vinis herdados de meu pai não me deixam mentir, nem as boas festas e tardes de sábado que eu e meu irmão promovemos na sala lá de casa, regadas a refrigerante e com um farto coquetel de salgadinhos Chips. Agradeço por ter absorvido essa cultura desde muito cedo e creio que minha filha também não será só mais uma na multidão por conta disso e de outras coisas que são até bem mais importantes, ou não, como diria vovô Caê.
É pra curtir fazendo carinha de cute-cute.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A vida como ela está

Apagão, Manoel Carlos no rodízio das oito, tensões no mundo de Maquiavel fascinam e afugentam. Sei não, tô preferindo outras sintonias. A arte liberta, o desapego abre horizontes e o pensamento deixa rastros. Sweet Lama, we are so glad to find you!  

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Só rindo mesmo

Sobretudo sou uma pessoa livre de qualquer preconceito. Mas não dá pra ser chata a ponto de reprimir as boas risadas que podemos dar com certas coisas como as que minha amiga Cibele (beijo Bé, mini-me-liga!) me apresentou ontem. É cada causo nesse site, entra lá: http://www.muleburra.com/mb/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A arte de ser mulher

Adorei a história da Nete, a depiladora dos bacanas no Rio. Mora na favela Parque Real (Zona Sul), mas já está de mudança armada porque começou a ganhar dinheiro e a "chamar a atenção" da vizinhança menos provida. Li a matéria da edição deste mês da Piauí, que citava as precursoras da "tosa" profissional nas virilhas da mulherada nos EUA, as mineiras J. Sisters, depois de experimentar um serviço sem horário marcado (grande vantagem competitiva) numa franquia especializada, a Depyl Action, outra que aparece na reportagem disponível aqui.
Na maca da moderna e bem equipada sala de depilação da rede que nos convida a manifestarmos nossa feminilidade com um cardápio variado de desenhos pubianos, tipos de depilação para homens e mulheres, nas mais variadas áreas do corpo, lembrei da tia Maria. Certa vez fui ao salão dela fazer um retoque durante o verão e vivi momentos de dor e diversão. Enquanto me falava da vida, ela mandava ver no roll-on (ai que dor!) método que só aceito em último caso. Pensei que sairia dali em carne viva. Mas, bem no estilo Nete, ela prestou um bom serviço. Engraçado, embora tivesse sofrido pacas nas mãos de minha algoz depiladora cheia de histórias para contar e com um ousado conceito de virilha cavada, se um dia precisar, volto com muito gosto.
Nete, assim como tia Maria, que atende em uma maca nos fundos do salão, cercada por estoques de produtos de toda natureza e revistas antigas de cortes de cabelo, tem também sua vantagem competitiva. A personagem da matéria da Piauí é, antes de tudo, uma confidente, amiga das clientes. Chega a emprestar dinheiro para as "patroas" em apuros, dá desconto para as fiéis durangas e superfatura a tabela, se não fizer questão de atender alguma dondoca chata. Batalhadora, educa as filhas para a vida com boa dose de realidade. "Não depilo bunda de madame pra vocês irem mal na escola", avisa sempre que necessário. Grande Nete, da próxima vez que eu for ao Rio, vou tentar um horário com ela, figuraça.

domingo, 1 de novembro de 2009

Mensagem do Rei

Hoje acordei com essa canção na cabeça e botei pra rolar. Bob Marley tem tocado muito aqui, até porque combina demais com sol e a praia que começamos a curtir nos últimos dias, graças a Deus. Também porque minha filha descobriu Bob, assim como Michael Jackson, Lennon e outros artistas menos universais também. Agora toca os hits de sua preferência até furar a bolacha digital.
Mas eu fui atrás do especial da Bizz sobre reggae para o qual colaborei em 2000, se não engano, ainda em São Paulo. Procurei feito doida no meu portfólio e nada do exemplar aparecer. Com um pouco se perseverança, encontro o que procuro no meio da arrumação ainda improvisada do escritório. "Reggae - Vibração na Cabeça" de Bizz Extra está devidamente resgatado para relembrar a linda história por trás de Stir It Up e toda a trajetória do ritmo que saiu da Jamaica para ganhar o mundo. Toca aí no soundsystem.