sábado, 26 de junho de 2010

Receita caipira

Mais um bocado e chega por hoje. Estou com milhares de pedidos vindos de todo o mundo de receitas (recebi a do croquete especial de São Francisco do Sul e tem uma exótica de torta de tangerina que preciso resgatar pra trazer aqui). Vou dividir uma que me é muito cara, extraída do livro não editado da Sinhá Saúde. É gostosa e saudável e a escolhi porque agora é tempo de se esbaldar com as delícias dos arraiá junino, sô. Com vocês, o Bolo do Sítio da minha personagem cozinheira de mão cheia, quituteira esperta que ensina a comer e viver bem. Anota aí e não torce o nariz pra abobrinha. O que parece ruim pode ser bom, experimente!
Ingredientes
3 ovos
1 xícara de açúcar mascavo
1 xícara de açúcar branco
1 xícara de óleo (canola)
1 xícara de gérmen de trigo
1 xícara de abobrinha
2 colheres das de chá de bicarbonato de sódio
2 1/2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá (tipo, ajuda) de fermento em pó
1/2 xícara de leite
1/1 xícara de sal
1 colher de gergelim

Modo de preparo
Bata os ovos, o óleo e abobrinha no liquidificador. Misture com o açúcar (mascavo e branco). Acrescente o restante dos ingredientes, colocando o fermento por último (aquela colher de chá, lembra?). Despeje a massa em forma untada e enfarinhada, manda a Sinhá. Povilhe a massa com o gergelim e leve para o forno. Depois me manda um pedaço que é pra eu ver se deu certo. O convite pro arraíá também, que eu adoro pular a fogueira.

Esta tal felicidade

Para as coisas que não têm preço, nada de mensuração. Para o que não tem valor, nenhuma importância. A essência da vida está onde menos esperamos, em pequenas coisas nas quais não reparamos. Quando a mente não está a serviço de nossos anseios, um feixe de luz janela adentro ou o admirável reflexo da lua cheia no azul escuro do mar manso revelam-se a totalidade da satisfação. Aí reparo no pensamento de Tales Nunes, mestre em Antropologia, praticante e mestre de Yôga (reproduzido logo adiante) para falar de coisas simples que me fazem tão feliz e das que podem (e devem) te fazer esse bem.
Enquanto sacolejava meu esqueleto na pista embalada pelos hits dos 80 (as pistas mais divertidas bombam versões eletrônicas espetaculares com The Cure, Eurythmics, Depeche Mode, Talking Heads, B52's e tantos mais saudosos sons) reparei na instantaneidade desta tal felicidade como sempre esteve, aqui, não ali. Tinha complementado o pensamento de Saramago reproduzido por alguém outro dia no Facebook com o que extraí desse texto de Nunes. Sem a pretensão de vendê-la como verdade, o mestre oferece algo aparentemente simples, como respirar. Porém, mesmo esse gesto puramente fisiológico, quando recebe atenção, revela o tanto que ainda precisamos conhecer.
A busca
"Se você busca a felicidade, é porque crê que ela está em algum lugar fora de ti;
Se você procura a felicidade, é porque acredita que ela está perdida;
Se você corre atrás da felicidade, é porque acredita  que ela te escapa;
Quando pára,
Descobre a felicidade que sempre esteve ali, encoberta pela insistente busca.