É nosso dever educar os pequenos para o consumo, é ainda mais importante darmos o exemplo. Aí que mora o dilema. Assim como é do ser criança uma série de coisas como querer brinquedos em exagero e dar respostas espertinhas, é de ser pai em
Ô, meu pai, que vontade novamente de dizer: - E daí? Mas eu não digo, claro. Respiro, penso e sigo firme no propósito de educar: - Você tem razão, eu não preciso disso agora. Seria um ato de consumismo, filha.
E obrigada por me lembrar disso.
Bom, eu acredito que assim eles aprendem e adquirem mais confiança ao saber que adultos também derrapam. E o melhor: entendem como é possível mudar, optar pelo que seria correto. Outro dia li num link a partir do Twitter uma matéria na qual o fabricante de um produto ou um grupo deles tachava o Instituto Alana de mau. Dizia que a Ong não gostava das criancinhas porque pretendia cercear o direito de ser criança, de comer besteira, de desejar brinquedos da moda e tal. Sabe que fiquei intrigada com isso? Não a ponto de concordar com tal afirmação superficial sobre o trabalho de estudiosos sobre mídia, consumo e educação, que vai muito além disso de supostamente tolher a infância e o que dela faz parte. Muito pelo contrário. Os pais de hoje são empurrados para uma rotina na qual delegam quase tudo sobre o ato de educar a alguém ou a alguma instituição. Não me pergunte o que os leva a isso porque direi o óbvio: mulheres no mercado de trabalho (ainda bem!), o anseio pela segurança material, a busca inconsciente sobre vários aspectos, o que é da natureza humana e o consumismo, por que não? Pronto, voltei ao início de tudo: o homem natural. Entre o homem natural e o homem espiritual, ainda me sinto no meio, um tanto camaleão. Ora natural, ora espiritual, tento fazer as melhores escolhas. Acho que a tendência é tornar-me apenas um deles, com o passar do tempo. Naturalmente o tempo me levará para o espiritual. Porque é essa a tendência das pessoas, quando amadurecem. Ainda a caminho de lá e envolvida num trabalho de pesquisa sobre a propaganda brasileira, enquanto sou assediada por minha filha para o Dia das Crianças, mergulhei no meu passado de infante consumista e encontrei um velho
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