quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reflexão

Hoje participei de uma palestra sobre as transformações do Planeta, não somente no plano físico, estas anunciadas em previsões catastrófcias sobre um provável fim do mundo, ou como as recentemente (terremotos, tsunamis, enchentes e outros arrastões humanos) acontecidas. Falava-se ( o Dr. Ricardo Di Bernardi, no ICEF, http://www.icefaovivo.com.br/) das transformações morais, essas mais ligadas à existência, com base em (muitas) informações de um texto de Joana De Angelis, psicografado por Divaldo Franco. Uma lição básica sobre evolução, sobre como precisamos de cada erro e acerto para o amadurecimento de nossas almas e, no fim das contas, ofertava um conforto: quando nos sentimos imaturos, saibamos que não somos nós, com vinte e poucos, trinta e poucos, quarenta e poucos por aí fazendo bobagens. Somos toda uma população de habitantes terráqueos em período de contestação, experimentação para o ansiado crescimento do espírito (ufa!), partindo de uma espécie de "adolescência" existencial para algo muito melhor. Mas claro que com consciência ética, que nos permita enxergar os tropeços para adotar nova postura com relação às pessoas, a outros seres, à natureza. A palestra também remeteu a um poema que li de Hermann Hesse (no livro Minha Fé) e tomo a liberdade de compartilhar.

Reflexão
Divino e eterno é o espírito
Para ele, de que somos imagem e instrumento,
Corre o nosso caminho; a nossa mais íntima aspiração
É ser igual a ele, evoluir para a sua luz.
Mas terrenos e mortais fomos criados,
Inerte pesa a carga sobre nós criaturas.
Doce e Cálida nos envolve a natureza maternal,
A terra nos aleita, prepara-nos o berço e a cova,
Seduz-nos a ficar junto às flores lá embaixo;
Mas a natureza não nos dá a paz,
Paternalmente rompe-lhe a magia maternal
O raio exorante do espírito imortal.
Paternalmente faz da criança um homem,

Apaga a inocência e desperta-nos para a luta e a consciência
Assim entre mãe e pai,
Assim entre corpo e alma
Hesita da criação a mais frágil criatura,
O homem de alma fremente, capaz de sofrimento
Como ninguém mais, capaz do mais sublime:
Do mais fiel e confiante amor.
Difícil é o seu caminho, pecado e morte seu alimento,
Perde-se às vezes nas trevas, às vezes
Ser-lhe-ia melhor não ter nascido.
Eterna, porém, brilha sobre ele a sua missão,
O seu destino: a luz, o espírito.
Sentimos: ao que está em perigo, a ele,
O eterno ama com amor especial.
Por isso a nós irmãos transviados
É-nos possível o amor em toda desunião
E não julgamento e ódio,
Mas o amor tolerante,
A tolerância amante nos leva
Mais perto do santo destino.

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